Xote Agroecológico (Igor Conde) Já posso respirar e voltar a plantar A terra renascendo, brotando sem parar É Agroecologia e agricultura familiar Com organização e resistência popular

Cadê o arroz e o feijão? (Plantou e colheu) E o milho de São joão? (Plantou e colheu) E a agrofloresta como tá? (Plantou e colheu) Transgênico e veneno desapareceu

O Poeta “O Poeta corre pela Serra semeia a vida semeia Misericórdia, corre que acorda as cordas do violão vibra,vibra coração Misericórdia de Poeta é eterna é verbo é poesia É por isso que que o poeta dizia: -não morrerei, não morrerei um dia serei a semente que semeei serei floresta, agrofloresta, serei rei. . Lá vai o rei Poeta correndo pela Serra semeando luz lá vai o Poeta Luiz declamando, cantando ao som dos ventos: viverei nos olhos dessa gente, dos guardiãs das sementes, verdejarei lá, não morri, fui verdejar… Por Alice Franco ( em 29 de novembro de 2011 )/Ciep Sérgio Carvalho- Rede Carioca de Agricultura Urbana.

Povo que ri (Gregor Samsa) Em uma terra seca. Sangue coagulado de um roxo que não vive.

Áridos debaixo de temporal povo e lona de um preto que se confunde.

Há sempre sopro quente de café e de luta e sem porém há raiva.

Que une. Que chora. Que junta.

Junta sonhos, braços, junta medos, esperanças, junta cores e luz.

E eis que alguém grita e outro alguém que ergue a alma e tudo se move e é mais uma terra plantada.

Já não é mais seca Já não é mais dor Já não é mais morte.

Vida que vence Luta que cria Povo que ri.

Classes (Gregor Samsa) É simples.

Uma vez ao ano, flor embucha, fruta vem e quando chuva tem, povo planta. Gente humilde que não é boba… trabalha, espera e come. No trabalho canta, na espera cria e quando come bebe. É simples.

Gente não humilde que é boba… não trabalha, só espera, só come. vive do canto, vive da cria, vive da comida feita por outros. É triste.

Quando a vida chora gente humilde cala como é injusta gente boba ri.

Compas!! (Gregor Samsa) Compas, nossos sonhos se amaram pela madrugada no frio e no silêncio.Sem medo ou dor nos pusemos de pé com nossas vidas e a vontade de Vida, com música e calor logo cedo nesse chão de pés descalços.

Compas, pelo dia as veias vão abertas jorrando e tingindo tudo.

As horas nossas são manchadas com esse sangue e cada vez mais braços morrem em menos terra.

Compas, mesmo que na chegada de mais uma noite muitos de nós não sonhem de tão exaustos,

estaremos de pé com nossas vidas e a vontade de Vida, com música e calor logo cedo nesse chão de pés descalços para que nossas crianças não sangrem e amem e saibam que a terra é de nossos fortes braços.